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Cadastre-se como clienteO PENSAMENTO SEMIÓTICO E AS TRÊS MATRIZES DA LINGUAGEM DO DIREITO – Princípios de Semiótica x Tecnologia
Aos leitores
Nunca pensei em revisar ou publicar um “trabalho acadêmico” como este, que permanecia guardado, desde 2002. Mas uma inquietude intelectual motivada por leituras subsequentes, pela evidente transformação cultural com o avanço da tecnologia, pela constatação das práticas jurídico-institucionais, negociais, judiciais, jurisdicionais, administrativas e forenses, bem como por uma aproximação com a Tecnologia da Informação, fizeram-me voltar atrás e resgatar aquilo que se perderia no tempo... O “tempo” que é fundamental para o deslinde das questões. Talvez, aqueles leitores estudiosos do Direito e de sua linguagem possam ser aqui desafiados ou estimulados por alguma ideia, pensamento, palavra, sentido, lacuna, ou por eventuais contradições, e continuem a caminhada que vem sendo percorrida por ilustres pesquisadores e juristas, nacionais e internacionais. Acredito nos mais jovens, em seu aporte de novos conhecimentos, e me proponho a ser uma conexão para eles, em sua capacidade de sintetizar, sistematizar, ressignificar, simplificar, criticar, influenciar e concretizar o que já existe. Tudo por uma estratégia temporal, na busca simultânea de uma outra linguagem ou “metalinguagem” (de generalidade, uniformidade, continuidade, durabilidade e publicidade) para se manter os elementos necessários para uma interpretação e coerência hipertextual do Direito, nos vários níveis e instâncias nacionais e internacionais; sem que nos afastemos de seus princípios básicos, em um universo quântico e digital cada vez mais solidário, uno e veloz e num alargamento cada vez maior dos campos por ele disciplinados. Ou seja, a possibilidade ou a alternativa de alcançar, pelos operadores do Direito, conectados não só com o pensamento jurídico coletivo, como também com a linguagem cientifica transdisciplinar e com a tecnologia, algo como um “Direito Quântico” ou uma “Semiótica Jurídica”, tal como aqui retorno e ouso insistir com o fim ético de aperfeiçoamento humano. Caso não o fizesse, agora, continuaria em guerra comigo mesma. A Capa deste livro é um tributo aos jovens e aos antigos mestres: um desenho que uma de minhas netas, Luana Zakhm, fez, há alguns anos, especialmente para mim, e me levou à percepção da importância da captação da imagem e dos signos que ela contém. Através do coração por ela desenhado – em lugar do olho direito –, posso ver representada a frase de meu insigne e saudoso Prof. Dr. Goffredo Silva Telles: “O Direito é como o amor, nasce no coração dos homens!”.
A Autora
Apresentação: JOSÉ CARLOS DIAS
Prefácio: IVES GANDRA DA SILVA MARTINS