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Amanda Oliveira
Área do autor

Amanda Oliveira é formada em jornalismo pela Universidade Paulista e pós-graduanda em comunicação e marketing-PUCMinas. Atualmente trabalha em uma agência de marketing digital.
Sua curiosidade a levou ao tema deste livro. Buscar, ler, entender, apurar, e apurar… São coisas que ela aprecia.
Encontrou no jornalismo um propósito e fez disso um lugar, não propriamente físico, mas um ambiente de acolhimento para fazer outra coisa que ama: Ouvir.
Como uma boa jornalista, nunca dispensa um café e uma conversa na presença de amigos. Conhecer lugares novos está em sua lista de coisas que adora fazer por São Paulo. Para ela, natação é o melhor esporte que tem. Mas a musculação tem se tornado um segundo amor.
A música a fascina e em sua infância desejava ser tecladista e por isso segue tentando.
Sempre morou em um bairro periférico e com bastante contato com a natureza, é por este motivo que fazer trilhas é um hobby.
Histórias sempre foram importantes para ela. Seja de ficção ou real. Ela tomou este projeto como uma missão e investigou histórias que serão apresentadas ao longo dos capítulos.


Artigo do autor

A cor do sistema carcerário brasileiro

De acordo com os dados do Anuário divulgado em 2020, nota-se que há um perfil de pessoas cada vez mais homogêneo no sistema carcerário. Isso significa que o percentual de presos negros é superior a não negros. Não podemos descartar o que diz o relatório citado: dois a cada três presos são negros. O abismo social é tão aparente que os pobres e negros formam maioria nas penitenciárias, o que nos deixa com uma lacuna e escancara as desigualdades presentes na sociedade.

O magistrado,  Edinaldo César Santos Junior, coordenador executivo do Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros (ENAJUN) e juiz do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), afirmou que o encarceramento tem cor. 

Não é preciso uma lupa para observar as crateras sociais deixadas pelo racismo e a segregação que lutamos com afinco. As castas raciais que predominam o sistema colocam alvos nas costas de negros os rotulando como potenciais suspeitos e consequentemente culpados por crime. 

O estudo mostra que a população negra forma maioria no sistema prisional e não somente as estatísticas nos mostram que são mais suscetíveis à crimes como também as perspectivas históricas. Se fizermos um breve retorno histórico veremos que o Brasil foi o último a abolir a escravatura, e quando isso aconteceu apoiado por movimentos sociais não foi proporcionado políticas públicas que garantissem direitos aos escravos. Foram relegados ao que “sobrou” , tanto moradia como trabalho. 

A seletividade penal é uma realidade e está presente em vários procedimentos, a abordagem policial é um ótimo exemplo, assim como pessoas que são presas e/ou condenadas injustamente.  

Embora este segundo nos leve a outra questão é importante enfatizar que a maioria são negros, pobres e que moram em bairros periféricos. São essas realidades discrepantes que busco demonstrar em meu livro: “LIBERDADE ROUBADA”, que reúne histórias de seis famílias vítimas do poder público e do racismo estrutural. 

 

Saiba mais sobre o livro-reportagem em: https://letrasjuridicas.com.br/liberdade-roubada-o-drama-de-pessoas-que-foram-presas-injustamente



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